quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O destino 22


Capítulo 21 – Prisioneiros do próprio destino (Parte I)


– Bom, dentro de alguns dias poderei dar alta a Sarah
 – disse Vovô Carlisle, assim que terminou de examinar Sarah – a recuperação dela foi incrível. – Ah que bom, assim poderei voltar logo para a França!– eu disse soltando um suspiro.

– O que? Como assim?– perguntou Jacob incrédulo.– Isso mesmo, Jacob eu já perdi vários dias de trabalho aqui, sorte que tia Alice conseguiu convencer o meu patrão o sr. Champoudry de me dar mais alguns dias de férias, por conta de Sarah. Eu tenho uma vida na França, não posso ficar aqui para sempre.
– Só que acontece srta. Renesmee Egoísta Cullen, que agora eu sei que tenho um filha e simplesmente não vou a deixar ir!

– O QUE? 
– eu gritei – VOCÊ NÃO...

– Hey, hey, hey, vocês dois!
– disse Carlisle e então nós olhamos para a direção onde ele estava, ele fez um sinal com a cabeça apontando para Sarah, nós estávamos discutindo e ela ainda estava ali.– Você tem uma filha tio Jay?– perguntou Sarah inocentemente.

Todos nós engolimos em seco. 
– Bom, eu vou deixar vocês conversando – disse Carlisle e então ela saiu.

Jacob ficou olhando para mim, então soltou um pigarreio e então saí também, fechando a porta. Eu não aguentaria de curiosidade, queria saber o que Jacob iria dizer para Sarah. Encostei o ouvido na porta, ouvi uns sussurros e aos poucos fui entendo o que cada um dizia.
–… Sarah lembra quando você disse que adoraria ter um pai como eu?

– 
Oui – disse Sarah lentamente.– Bom... Ér... E se eu te dissesse que... Talvez eu possa ser seu papai?– tenho certeza que nesse momento Jacob fez um careta por que eu ouvi um risinho baixo de Sarah.– Você ser meu père? – perguntou Sarah inocentemente.– É, mas só se você quiser!– disse Jacob com toda delicadeza do mundo, não querendo forçar Sarah a nada.

Fez-se silêncio.

Silêncio.

E mais silêncio... Isso estava ficando agonizante, prendi o ar.
– Mas é claro que je quer tio Jay – disse ela com um sorriso na voz, eu então fiquei aliviada e pude então respirar fundo, então.– Mas com uma condição – informou Jacob.– Qu'est-ce?– perguntou Sarah.– Que me chame adequadamente, agora.

– 
Comment? 

– De papai.
– disse Jacob – ou père – acrescentou e então não segurei um risinho.– Tudo bem, père – disse Sarah.


(…)



Depois da conversa de Jacob e Sarah, assim que ele abriu a porta, tive que disfarçar, então corri até a sala de espera, peguei uma revista qualquer e fingi que estava a lendo.
– Conversei com Sarah – falou ele assim que chegou na sala de espera onde eu estava, o tom de sua voz tinha mudado, estava dura, fria.

Naquele dia, estávamos apenas eu e ele no hospital, Alec tinha voltado para a França, por que tinha uma reunião importante, falei para ele que agora que estava tudo bem, não tinha necessidade dele ficar aqui a todo momento, que assim que Sarah estivesse bem, eu voltaria a França. Mamãe, Papai, Riley, Claire, Quil, Rachel e todos os outros seguiram sua rotina normal. Nelle, bem, eu mal via Nelle, ela se adaptou muito rápido a América.
– E então?– perguntei indiferente.

Ele suspirou.
– Ela me chamou de père – disse ele mudando seu tom de voz novamente, para um ar meio cômico, Jacob era uma caixinha de surpresas – isso é bom?
Não me segurei então soltei um risinho.
– Isso é muito bom – eu disse sorrindo.

E ele respondeu sorrindo também.

(…)



Eu e Jacob ficamos ali na sala de espera, calados, então pensei que já que estávamos ali, sozinhos, sem ninguém para palpitar sobre nosso problema em comum, poderíamos resolver tudo, ali, agora.
– Jacob...– sussurrei, mas então ele me interrompeu.– Olhe, Renesmee não vamos agir como crianças – disse ele como se tivesse lido minha mente - ficar discutindo a cada discordância que tivermos, somos dois adultos agora e temos uma filha.

– Exatamente
 – eu disse – não é por que não deu certo antes, que vamos agir como dois inimigos, simplesmente podíamos ser como antes, ser...

– Amigos?
– perguntou ele.
– Bons amigos – completei – para o nosso bem, para o bem de Sarah, nossaSarah. - aquilo era tão estranho, dizer nossa Sarah, eu sempre me referia a Sarah como minha Sarah, minha princesa, só minha filha.
Ele ficou me encarando, como se procurasse alguma ironia ou mentira em minhas palavras, mas então ele percebeu que o que eu falava, era a pura verdade. Eu estava cansada de brigar, eu não aguentava mais brigar.
– Para mim, está perfeito – disse ele sorrindo.– Ótimo – me limitei a dizer.– E sobre essa... Ida a França – disse ele casualmente.– Não posso ficar em Forks ou La Push – eu disse – minha vida toda esta na França.
– Mas como eu fico Renesmee?– disse ele – e Sarah?
– Não sei, não sei, não sei – eu disse confusa.– Eu posso ajudar você, posso alugar um apartamento para você e Sarah e tem uma vaga de...– começou ele, mas eu o interrompi.– NÃO – eu praticamente gritei – não, não, não Jacob. Eu não quero nada seu. Eu não quero ficar aqui, esse lugar...

– Te trás más lembranças... 
– completou ele.– É – confirmei – meu lugar é na França, Jacob.
– Renesmee, Jacob?– era Carlisle, nos viramos ao mesmo tempo para saber o que ele queria – queria falar com vocês sobre o tratamento de Sarah.

– Tratamento?
– perguntamos eu e Jacob ao mesmo tempo.– É Sarah tem leucemia e é uma doença grave, a doação de medula foi necessária por que o estagio que estava a doença era perigoso, então agora teremos de fazer o resto do tratamento que é a quimioterapia....

– QUIMIOTERAPIA? 
– eu gritei.– Shi, Renesmee – me repreendeu Jacob.– Quimioterapia vovô, isso é agonizante! – eu disse – Sarah vai sofrer muito.

– Mas é necessário querida, e as sessões que Sarah vai fazer serão poucas, por que ela operou e estava com uma medula nova, então a medula vai ajudar um pouco, mas ainda precisamos matar as células cancerígenas.

– Quantas sessões vão ser doutor?
– perguntou Jacob.– Ao todo serão seis sessões, uma a cada mês.

– A cada mês? 
– perguntei surpresa – vovô, o senhor esta falando de seis meses em Forks?

– Sim, querida
 – disse ele.– M-mas – gaguejei e então respirei fundo – o senhor conhece algum hematologista bom, na França?

– Ahh... - Jacob suspirou pesado, olhei para ele que não abriu a boca para dizer nada, voltei minha atenção para Carlisle esperando que ele disse-se algo.


– Na França?– perguntou Carlisle – o que esta pensando em fazer Renesmee?

– Eu não posso ficar aqui vovô, eu preciso voltar para França, era lá que eu morava 
– fiz uma pausa - que eu moro – completei.– Renesmee, Sarah não esta em condições de fazer uma viagem de avião e também o mais adequado era que eu continuasse a tratar ela.

– E agora? Vou perder meu emprego.


Jacob bufou.
– O que foi Jacob?– perguntei a ele.– Bom, vou deixar vocês conversarem – disse Carlisle deixando Jacob e eu a sós.– Anda Jacob. Que foi?

– Olha Renesmee, você poderia ir para França numa boa.

– Como... ?
– perguntei – e Sarah?

– Você a deixaria comigo e...

– Ah não, não, não, não! Nem pensar!

– Quer me deixar terminar? 
– disse ele.

Fiz uma careta e disse.
– Continue.

– Bom você poderia ir para França, durante esses seis meses de tratamento de Sarah e quando ela terminasse você viria buscá-la ou eu iria levá-la, não sei bem. E então todo natal, ano novo ou feriado ela viesse me visitar, sei que não seria a mesma coisa de vê-la todo dia ou acompanhar cada descoberta ou passo novo que ela dê, mas é melhor do nunca mais vê-la...

– Seis meses?
– eu me perguntei, não prestava muita atenção no Jacob dizia só que a possibilidade de ficar seis meses longe da minha princesinha era horrível.– Não esta nem prestando atenção no que eu estou falando, não é Renesmee?

– Ah, desculpe é que é difícil pensar em me separar de Sarah durante seis meses.

– Pior fui eu que me separei durante seis anos. 
– disse ele.


E então olhei para seu rosto que estava abatido, triste e então eu percebi que o quão egoísta eu estava sendo, o quão egoísta eu fui e o quão eu egoísta eu estava querendo ser.



(…)


– Marraine, sabia que agora je tem um père?– disse Sarah a Claire quando ela me ajudava a colocar um vestido em Sarah que não parava de se mexer.

Era 28 de Janeiro, havia se passado alguns dias e Carlisle havia dado alta para Sarah e eu e Claire estávamos arrumando ela no quarto do hospital, pois ela disse que queria estar linda para ir à casa do seu 
père, sim eu havia aceitado a ideia de Sarah ficar os seis meses com Jacob, fiquei tão arrependida, mas já havia dito sim a Jacob– É mesmo, Sarah?– perguntou Claire – e quem é?
– Jacob Black – disse Sarah toda animada – e agora je se chama Sarah Elizabeth Cullen Black!
– Wow – Claire disse surpresa – é realmente um nome grande, um nome de princesa!

Jacob e eu tínhamos ido a um cartório para ele assumir a paternidade de Sarah, como ambos estávamos de acordo, o processo rolou rapidamente e agora na certidão de Sarah constava o nome Black. Eu e Jacob durante essas semanas que se seguiram durante e internação de Sarah, havíamos deixado a hostilidade de lado e nos resolvemos como bons adultos que nós éramos.
– Vamos, princesa?– eu disse a Sarah logo depois que Sarah estava arrumada, peguei minha bolsa e a mala com suas roupas e seguimos até o táxi.

A viagem foi tranquila, então chegamos a mansão dos Black. Aquele momento era parecido com aqueles filmes de terror, eu saindo do táxi e olhando a mansão sentindo um arrepio na espinha. Peguei Sarah no colo, enquanto Claire pegava as malas no porta-malas do carro, ela falou alguma coisa para o motorista do táxi, acho que era para ele esperar que logo voltaríamos e então ele assentiu.

Seguimos até o portão da mansão e Claire disse que era Renesmee Cullen, não demorou dois segundos e o portão enorme da mansão se abriu. Segui ainda com sala em meu colo, seu rosto debruçado em meu ombro, ela estava linda. Um vestido cor púrpura média, lindo que Claire havia dado a ela de presente.

Ao chegarmos na mansão fomos recebidas por uma mordomo chamado Laurent, que nos levou até a sala de estar onde estavam Jacob, Billy, Sue (ou cobra mãe, como preferir) e a (vadia ou cobra filha, a sua escolha) noiva de Jacob, Leah sentados no sofá (exceto Billy, que estava em sua cadeira de rodas) nos observando chegar.

Jacob ao ver Sarah se levantou rapidamente e correu até nós, Sarah deu um pulo de meus braços e pulou para os do pai. 
– Princesa!– disse Jacob abraçando Sarah.– Père!  disse Sarah.– Nem acredito que você vai ficar uns tempos comigo, filha – disse Jacob.– Nem eu...– sussurrou Leah do sofá revirando os olhos, então Sue cutucou ela.– É muito bom te ver Renesmee – disse Sue se levantando do sofá e abrindo os braços para me abraçar, desviei dela que, então, abraçou o vento.

Billy estava calado, em encarando, sua expressão mostrava tristeza e eu acho que ele se sentia culpado por ter um dia pedido que eu tirasse minha filha. Isso mesmo Billy, sinta-se culpado mesmo, se eu tivesse tirado minha filha, seu filho não estaria com esse sorriso no rosto agora.

Sim, porque o sorriso de Jacob ia de orelha a orelha, estava quase iluminando a mansão toda.

As duas cobras me fuzilavam com os olhos, se os olhos delas lançassem fogo, à uma hora dessas estaria em queimando agora. Sue encarava Sarah como se a minha pequena fosse algo que atrapalhasse sua vida.

O clima naquela casa estava muito pesado, e que estava começando a me sentir mal. Então decidi ir embora, seria doloroso demais deixar minha pequena naquela casa, mas era preciso.

– Meu amor, a mamãe já vai! – disse à Sarah e ela pulou dos braços de Jacob para os meus e escondeu sua cabecinha na curva do pescoço. Logo ela começaria a chorar.

– Mère!! Non me deixe!! – e começou a chorar, eu sabia. – Me leve com vocêmère!

– Oh meu amor! Eu gostaria de te levar comigo, mas você sabe que tem que fazer o seu tratamento, e você não quer ficar com seu père?

Ela levantou a cabeça, me olhou e olhou pra Jacob, que secou suas lagrimas e deu um sorriso amarelo. Ela parou o choro, olho nos meus olhos e começou a falar, como se fosse adulta.

– Mère! Pode ir, mas tem que me ligar todo dia, e me mande fotos. Vou fazer meu père – e encarou Jacob com uma carinha que o fez fazer uma careta. – Te mandar fotos minhas toda semana, de tudinho o que eu fizer.

Meus olhos ficaram marejados e tive vontade de chorar, mas que eu falasse alguma coisa, Jacob decidiu se prenunciar também.

– Pode ficar tranquila princesa, se a sua mãe não ligar, eu mesmo ligo pra ela, e quanto as fotos, vamos fazer um diário de fotos, tudo o que você fizer durante a semana, nós vamos fotografar e mandar pra sua mãe por e-mail, ou por cartas.

Eles me levaram até o taxi, deu mais um beijo em Sarah, e para irritar Leah, que me fuzilava, quase me mandando ir embora, abracei Jacob e dei um beijo estalado em sua bochecha... Senti-me tão feliz com a cara de ódio daquela cadela.
O taxi levou a mim e Claire ao aeroporto. Assim que anunciaram meu voo, minha amiga me abraçou forte e me confortou.
– Fica tranquila minha amiga, eu vou cuidar da minha afilhada o tempo todo, não vou deixa-la se sentir sozinha naquele castelo do terror. Pode ir sem se preocupar, ela vai estar bem cuidada, assim como tenho certeza que ela fará Jacob e Leah se afastarem muito, pelo que vi, ele esquece do mundo quando está com ela.
Dei um sorriso amarelo e a abracei de volta.
–Obrigada Claire, cuide da nossa bebezinha!
Subi no avião com a sensação de que tinha deixado uma parte de mim na América.




(...)


Os seis meses passaram depressa (e contudo já estávamos em Junho), mas isso não me fez para de chorar cada dia que ouvia a voz da minha filha, nunca tinha passado nem um dia longe dela, cinco meses foi muito tempo sem vê-la. Faltava apenas uma semana para eu ir pros EUA busca-la. Estava em casa, esperando Alec chegar do trabalho, eram quase sete da noite, e já tinha falado com Sarah. Meu celular tocou e eu me assustei um pouco, me levantei do sofá para pega-lo e quando vi o nome do visor, JACOB, fique meio confusa, mas atendi.
– Oi Jacob? Aconteceu alguma coisa?
– Calma Nessi... – isso me fez estremecer do outro lado da linha – Renesmee,– se corrigiu ele – só liguei pra combinar algumas coisas com você!
– Que coisas? Não podia esperar eu chegar?
– Na verdade é sobre o aniversario da Sarah, eu decidi fazer uma festa surpresa pra ela e queria que você viesse a tempo para gritar “SURPRESA”, junto com a gente. E então você pode?
– Anh, claro Jacob... Mas quando você está pensando em fazer essa festa? Afinal o aniversario dela é dia 30, e nesse dia nós já estaremos de volta à França.
– Então, eu decidi fazer a festa no dia 28, dois dias antes, e a Becca, Rachel e Claire estão me ajudando com as coisas da festa, já que eu nunca organizei uma festa de aniversario de criança. Esse dia é o dia que você chega não é?
– É sim, então, tudo bem, eu posso levar minha tia, o marido dela e Alec?
– Claro Renesmee! Você é quem manda!





(...)

Hoje era o dia, 28 de Junho (sábado) e finalmente eu iria buscar minha filha. Sarah me fazia muito falta, todo dia que eu chegava do trabalho, corri para o computador para ver se chegaria alguma e-mail da minha princesinha, ou ficava grudada do lado do telefone (ou celular) esperando a ligação dela.

Assim como Jacob havia dito, ele me mandava fotos semanalmente de Sarah. Havia várias fotos dos dois brincando na incrível fazenda da família de Jacob, parques de diversão, na praia de La Push (a nossa praia, minha e de Jacob, me pergunto se Jacob levava Leah nela?) ou até mesmo no enorme jardim do enorme castelo de terror (como Claire dizia).

Era incrível com Sarah fazia o feliz, Rachel (na qual eu trocava telefonemas também) dizia que Jacob tinha voltado a ser como era antes, feliz!

Peguei minhas malas e coloquei no carro de tio Jasper, a mala era pequena, apenas para uma troca de roupa, talvez até duas, pois eu iria amanhã embora de lá, voltando com minha princesinha. Tia Alice iria comigo, assim como tio Jasper, por que assim que contei que papai e vovô haviam se acertado, ela queria correr para lá.

Alec não poderia ir, pois tinha uma série de reuniões do clube de advocacia francês, ele ficou muito chateado, pois gostaria muito de ir à festa de Sarah, mas disse que assim que eu colocasse o pé na França, ele estaria lá para me recepcionar.

– Pronta querida? – perguntou tia Alice, assim que descemos do voo, já na América.

– Mais do que pronta.
Faltavam quinze minutos para seis da tarde, a festa de aniversário estava marcado para as sete, então quando cheguei à casa de mamãe, tive tempo de respirar um pouco. Tia Alice quando encontrou mamãe e papai, praticamente voou para o colo de ambos, tia Alice era uma grande amiga de mamãe, se não a melhor.

Perguntei para mamãe sobre o tratamento de Sarah, ela disse que a ultima sessão de Sarah fora há uma semana e que Carlisle havia feito alguns exames finais e constatou que estava tudo bem com Sarah, mas que era necessário a cada ano, fazer alguns exames, para saber se o problema não retornou.

Fiquei aliviada, contudo. 

Faltava cerca meia hora para a festa de Sarah, eu estava me arrumando, ou melhor, sendo arrumada pela minha equipe fantástica, constituída pela minha tia louca, maluca que eu tanto amo, Alice Withlock, minha melhor amiga desse mundo, Claire Young, minha amiga francesinha louca (que decidiu ficar na América e agora esta noiva, sim! 
Noiva de Seth Clearwater... Ainda não entendo como eles foram rápidos, Wow) Nelle Chevalier (em breve Sra. Clearwater) e por fim as duas tias corujas de minha filha, Rachel e Rebecca.

Eu estava com um vestido azul lindo que tia Alice tinha feito especialmente para mim e compondo o vestido, havia um laço que passava sobre minha cintura. Tia Alice era um gênio da moda!
– Pronto! Esta perfeita!– disse tia Alice virando a cadeira e me colocando em direção ao espelho, para que eu enfim pudesse me olhar, já que ela tinha me impedido de me olhar, enquanto ela fazia minha maquiagem e Nelle arrumava meu cabelo.

Quando eu então pude me ver, eu estava simples. Muito simples, por que o vestido exigia isso, simplicidade, mas eu podia realmente dizer, eu estava 
incrível. O meu cabelo estava solto, mas estava mais esvoaçante, percebi que o loiro em meu cabelo nunca havia me caído tão bem. A maquiagem estava bem simples também, quase perspectivável, mas tia Alice disse que isso só iria realçar minha beleza.

Ri muito quando ela disse isso.

– Pronto? - perguntei para minha “equipe” - 
gente, não tinha necessidade de todo esse aparar da moda.

– Ah tinha sim! 
– disse Claire.– Com certeza! – concordou Tia Alice.
Você tem que arrasar nessa festa!– disse Rachel.– Eu? Arrasar? Gente, a estrela da festa é Sarah, vocês sabiam disso?

– Mas quem disse que você também não pode brilhar?
– Oui! – disse Nelle.– E com essa roupa, Jacob vai com certeza pirar!– disse Becca.– O QUE?– eu gritei – Jacob? Esta louca? O que Jacob tem haver com isso?

– Você sabe muito bem
 – disse Claire entre risinhos, então todas ali deram o mesmo risinho.– Ah meu Deus!– eu disse me levantando da cadeira – eu estou ouvindo cada merda aqui, melhor eu ir – não aguentei, então soltei um risinho também, era engraçado ver todas elas se mobilizando, se unindo com apenas um proposito, me deixar incrível para Jacob.
(...)
– Vamos, vamos! – gritou Rachel a todos – Jacob esta chegando com ela!Então todos na sala fizemos silêncio, as luzes se apagaram e todos nós a aguardávamos, eu estava muito ansiosa. Então quando a porta da frente da mansão se abriu e Sarah deu o primeiro passo adentro, as luzes se acenderam e todo mundo em um coro gritou:– Surpresa!– então Sarah arregalou os olhos e simplesmente disse.– Pour moi?– suspirei pensando, Que saudade desse sotaquezinho, francês.

Então começamos a cantar parabéns para minha princesa.– Parabéns pra você, nessa data querida! Muitas felicidades, muitos anos de vida!

– Para Sarah nada! 
– gritamos eu e Jacob ao mesmo tempo, foi então que Sarah percebeu minha presença e gritou:– Mère? – então ela pulou nos meus braços, e me abraçou fortemente, então fiz a mesma coisa. Então continuaram a cantar.– Tudo.

– Então como é que é?
– gritamos eu e Jacob novamente juntos.
– É pique, é pique, é pique, é pique, é pique! É hora, é hora, é hora , é hora, é hora! Rá-tim-bum! Sarah, Sarah! – todos bateram palmas, então coloquei Sarah no chão, a levei até o enorme bolo que mamãe fez especialmente para ela e disse – faz um pedido princesa!
Sarah soprou as velhinhos, fechou os olhos os apertando bem forte e então sussurrou bem baixinho, mas o suficiente para todos ouvirem.
– Queria que meu père e minha mère, ficassem juntos!

Então um silêncio se formou na casa dos Black, ninguém sabia o que fazer ou falar.

Silêncio.

Silêncio.

Silêncio.

E mais silêncio.

Então para salvar a pátria, mamãe simplesmente disse três palavras que eu nunca pensei que talvez salvassem a minha existência.
– Quem quer bolo? – então todos sorriram e gritaram “eu” para mamãe, soltei um suspiro de alivio.

Peguei Sarah novamente no colo e a enchi de beijos, dizendo o quanto eu sentia sua falta. Ela estava realmente linda, com um vestido branco, cheio de bolinhas pretas e um sapatinho lindo, também preto. Quando parei para respirar, Sarah disse.
– Você veio mère!– e me abraçou – você sabia dessa festa para je?
– Oui, chéri! Gostou? – perguntei.– J'at adoré!– disse Sarah muito alegre.

Então mais uma vez a abracei, era tão bom senti-la em meus braços e pensar que eu quase a perdi.
– Renesmee, Sarah?– ouvi uma voz rouca atrás de mim, me virei com Sarah ainda no colo e encarei-o, Jacob.

Ele estava deslumbrante. Não estava mais com a barba crescida, ele tinha tirado e parecia tão mais... O meu Jacob. Ele sorriu a me ver, então me fitou de cima à baixo.
– Você está... Incrível!– sussurrou ele lentamente e eu sorri envergonhada. Depois sacudiu a cabeça e olhou para Sarah – e aí, princesinha?
– Père, você é um mentiroso!– disse ela fazendo uma careta para Jacob e então ele riu e eu também.– Mas você gostou, não é princesa?

Sarah assentiu.
– Então vá falar com seus convidados, Sarah. – eu disse – hoje você é a estrela.
Sarah pulou dos meus braços e correu entre os convidados. Jacob olhou para mim e então ficamos nos olhando, sem saber o que falar, eu estava muito sem jeito depois do que Sarah havia falado. Então lembrei de algo que eu queria presentear Jacob.
– Ah, Jacob – eu disse tirando algo de minha bolsa – tenho algo para você.

– Para mim? O que?
– disse ele se aproximando.

Entreguei um pequeno livro para Jacob, ele ficou sem entender.
– Um livro? – perguntou ele – ér... Obrigado, Renesmee.
– Não, não seu bobo – eu disse rindo – não é um livro, é um álbum de fotografias, de Sarah.

– Álbum de fotos, de Sarah?
– perguntou ele.– É, eu separei algumas fotos dela para você, fotos de quando ela era bebê, do primeiro dia dela na escolinha, da apresentação de ballet dela, tem várias.

– Sério? 
– perguntou Jacob.– Achei que ia gostar, sabe, para recuperar o tempo perdido.

– Eu adorei Ness
 – disse ele sério. Ele me chamou de Ness? E não se corrigiu? O que esta acontecendo aqui? Jacob se aproximou de mim e me abraçou, foi então que ouvimos um pigarreio atrás de nós, então Jacob se separou de mim e então pude ver quem era... A vadia Leah – Leah olha o que Renesmee me deu?

– Um livro? E daí?
– perguntou Leah indiferente.– Não, não é um livro, é um álbum de fotos de Sarah – ele então abriu o álbum e a primeira foto que viu foi a de Sarah bebê e eu brincando com ela, ele sorriu e então disse –nossa que linda essa foto, quem tirou?
Engoli seco.
– Alec.

– Seu namorado participou muito da vida de Sarah, não?

– Muito 
– assenti.

Ele virou outra pagina e tinha uma foto de Sarah chorando, era o primeiro dia dela na escola.
– Onw, que linda!– disse Jacob em uma mistura de risada e dó.– Você nem imagina o que aconteceu nesse dia, eu fui arrumá-la e então... – comecei a contar a história para Jacob que parecia muito curioso para saber o que tinha acontecido então Leah que tinha sobrado na conversa revirou os olhos e saiu bufando.
(...)
A festa foi seguindo seu rumo natural, então pude observar quantas pessoas amavam minha princesinha e que estavam ali, marcando presença; Eu, Jacob, Claire, Quil, Rachel, Rebecca, Nelle, Seth, Mamãe, Papai, Vovô Carlisle, Vovó Esme, Tia Alice, Tio Jasper, Tia Rosalie e Emmett (na qual eu não via há séculos), Riley, Paul e até Billy Black estava lá.

Sim, Billy estava lá também observando tudo em um quanto em sua cadeira de rodas, sempre abrindo um sorriso quando Sarah olhava para ele ou quando o chamava de “
Grandpère”, Leah e Sue dessa vez não estavam perto de Billy, ela estavam do outro lado da sala sempre me encarando, me fuzilando, ouve um momento que eu falei para Claire que ia voar no pescoço daquela vadia, mas Claire, como sempre de bom humor, disse que se alguém ia matar ela aqui, esse alguém seria ela, por conta de que elas tinham contas a prestar do passado.

Olhei para o relógio eram dez horas, já estava tarde e amanhã nós precisávamos acordar cedo para arrumar as coisas de Sarah e pegar o voo das cinco horas.

Me levantei e fui para onde Sarah estava no meio de várias pessoas e Rachel tirava várias fotos suas, então Sarah gritou:
– Je quer tirar foto com minha mère e meu père.

– Nessie, Jake – disse Rebecca nos puxando para perto de Sarah – venham!

– Becc...
– gaguejou Jacob sem ter o que fazer.

Então ficamos no meio da sala, onde estava a decoração de bexigas rosas e brancas, Jacob no canto esquerdo, Sarah no meio e eu no canto direito. Eu estava ruborizada, mas também não entendia o por quê.
– Ain gente você estão muito separadinhos – disse Claire Ah Claire se você não fosse minha melhor amiga eu juro que eu te matava, aqui e agora! - por que vocês não ficam mais juntinhos?Ah meu Deus, eu devo estar parecendo um pimentão!!
– É, boa Claire – disse Rachel – Jacob, coloca a mão na cintura de Renesmee ai Sarah fica na frente de vocês.
Eu já disse que eu acho que devo estar parecendo um pimentão?
Jacob se aproximou de mim, dei uma olhada de canto de olho e percebi que não era só eu que estava sem graça naquela situação, Jacob estava roxo de vergonha! Ele passou cuidadosamente a mão direita sobre minha cintura, senti um tremor subindo e descendo sobre minha espinha, coloquei minha mão sobre o ombro direito de Sarah, Jacob fez o mesmo, colocando sua mão esquerda no ombro esquerdo de Sarah. E então esperei que Rachel tirasse a foto, mas ela ficava apenas encarando nós três, na verdade, todos ali naquela festa agora estavam nos encarando, em um silêncio profundo.

Quando ouço uma voz grave dizer:
– Vocês... vocês ficam tão bem juntos, os três. Exatamente como uma família. 

Olho para o canto da sala e vejo que falou isso foi Billy Black, então todos saíram do “transe”, então rapidamente Rachel ergue sua maquina e tira a foto, rapidamente me separo de Jacob colocando as ideias no lugar.
– Não aguento mais isso... Não suporto! – ouço alguém resmungar baixinho na festa, ninguém ouviu apenas, eu. Então, vejo Billy Black também notou alguém resmungar e olhar em direção a Leah, que esta saindo da sala pisando duro em direção ao corredor que leva ao escritório e a biblioteca da mansão, percebo que foi ela quem resmungou. Sue sai correndo atrás dela, dizendo algo que não consigo entender. Pouco tempo depois, Billy vai empurrando sua cadeira de rodas, onde as duas foram.
(...)
– Tem certeza que não quer que eu as leve? – perguntou Jacob sorrindo gentilmente.

A festa já tinha acabado, todos já tinham ido embora. E eu estava com Sarah dormindo em meus braços na porta da mansão, enquanto meus pais me esperavam em seu carro.
– Já disse Jacob, meus pais vão nos levar.

– Amanhã posso ir me despedir de vocês?

– Claro
 – eu disse sorrindo gentilmente.

Ele se esticou e deu um beijo na testa de Sarah, logo depois deu outro em meu rosto, pude sentir o doce aroma de seu hálito fresco. Sorri mais uma vez para Jacob e segui com Sarah até o carro de papai e mamãe.
(...)
– Sarah? Sarah, querida. Acorda! – eu disse tentando acordar Sarah assim que chegamos na casa de mamãe, quando coloquei Sarah na cama – Sarah, filha. Vamos, acorda! Vamos tomar uma banho para você dormir fresquinha, bebê!

– 
Mère...– resmungou ela – je não quer tomar banho.

– Vai dormir fedida, Sarah? 
– eu disse.– Je não fede – disse ela soltando um risinho.– Ah não? E “je”– eu disse imitando a voz dela – não sente... cosquinhas?– então comecei a fazer cosquinhas em Sarah, ela começou a se contorcer de tanto rir, tentando se desviar. Foi então que quando minha mão bateu sem querer no braço de Sarah, ela soltou um grito abafado de dor – o que foi Sarah? – perguntei rapidamente parando de fazer cosquinhas nela.– Non foi nada, mère.– disse ela, mas eu sabia que tinha algo sim! Eu sinto!– Sarah Elizabeth Black!– eu disse séria – O que houve?– o silêncio dela me deixou mais nervosa, então eu puxei ela de leve, tirei seu vestido e pude constatar o motivo de seu grito de dor.

Seu braço estava com uma mancha roxa!
– Q-que mancha roxa é essa Sarah? – eu gritei, mas mal conseguia falar direito, aquilo me apavorou e eu tinha de ser dura, pois se não, Sarah não ia me falar nada. - hein?– insisti.– Não foi nada, mère. Je só caiu do Paris.

– 
Paris?– perguntei.– É, meu poney se chama Paris, por que é o nome da cidade onde eu nasci, decidi homenagear.

– Tá, tá! Não vamos mudar de assunto, Sarah.
– eu disse séria – como você caiu do Paris?

– Ah sabe, 
je caiu, pum!– disse ela, então vi que ela estava mentindo.– Você esta mentindo.

– Non estou
. - disse ela seria.– Esta sim, Sarah. Eu te conheço. Além do mais, se você tivesse mesmo caído do tal Paris, o machucado não seria assim. Isso é um roxo de beliscão!– eu disse concluindo – Sarah alguém te beliscou?

– Ér... 
– ela disse engolindo seco – non! – seu “non” não me convenceu.– Olha, que eu vou chamar seu père aqui, ai ele vai me contar o que aconteceu – eu disse a Sarah então ela fez uma expressão de assustada.– Non, non, non mère! Non chama o père, ele vai contar para a tia Leah e ela nunca mais vai deixar je ver meu père.
– O que? – eu praticamente gritei. Na verdade, eu realmente gritei – que história é essa Sarah?

– Ér... 
– ela gaguejou.– Sarah?– eu disse mostrando firmeza em minhas palavras.– É que tia Leah, quando père ia trabalhar ficava me falando que je era culpada dopère não querer mais ela, então ela ficava me beliscando, dizendo coisas feias paraje e falava que se o père ficasse sabendo, je non ia ver nunca mais meu père.
– Hã? – eu estava pasma com o que Sarah havia dito, Leah havia feito o que com a minha filha? O sangue subiu, apertei fortemente meus punhos, lutando contra a raiva.– Mère, non vai contar pro père, vai?

– Não, querida. Pode deixar.

Sai feito um furacão do quarto onde eu estava com Sarah, encontrei mamãe e papai assistindo TV na sala:
– Mamãe, da um banho em Sarah e coloque-a para dormir, por favor?

– Aonde você vai, querida?

– Matar uma vadia
 – eu disse simplesmente, então peguei minha bolsa e sai da casa de meus pais, sem ao menos olhar para trás



(…)

Eu me arrependo. 
Juro que me arrependo pelo que fiz essa noite, foi errado, 
eu sei. Mas fiz isso por amor. Puro amor!


Peguei um táxi de volta para casa dos meus pais, quando o táxi estacionou, dei o dinheiro ao taxista e respirei fundo, tomando coragem. O dia já estava claro, passei a noite toda fora, devia ser lá pelo meio dia, 
Acho que vou chegar na ponta dos pés e silenciosamente deitar na minha cama, ninguém vai perceber. 

Entrei na ponta dos pés em casa, mas não adiantou nada, papai e mamãe já estavam na sala assistindo o noticiário matinal, assim que me viram correram para me abraçar.
– Renesmee!– disse mamãe – ficamos preocupados, querida. Onde você esteve?

– Sarah chorou a noite inteira, procurando você, só dormiu vencida pelo cansaço
– disse papai.– Ér... eu estive...– Noticia de última hora – disse o jornalista do noticiário – a noiva do famoso empresário Jacob Black, Leah Clearwater foi encontrada na piscina de sua mansão sem vida, a causa da morte ainda não foi divulgada. O possível assassino sumiu sem deixar pistas, policias investigam esse caso misterioso. Assim que obtivermos mais informações, compartilharemos com vocês, direto da redação, Josh Shepherd.
– O que? – gritou mamãe surpresa – Leah. Esta. Morta?

– Não acredito 
– disse papai.– Quem sera que foi?– disse mamãe.Toc toc
Alguém bateu na porta.– Eu abro – eu disse indo até porta, quando abri fui surpreendida por dois homens altos,altos mesmo olhando para mim.– Posso ajudar?

– Você é Renesmee Cullen?

– Sim
 – afirmei.
– Você esta presa pelo assassinato de Leah Clearwater – então eles simplesmente imobilizaram.

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