sábado, 15 de setembro de 2012

Abraça-me muito forte2



Capítulo 1 – Abraça me muito forte

O vento assolava os seus cabelos rebeldes e esvoaçantes, o frio afligia a sua pele enquanto corria na direção da cabana de Wendell. Precisava estar com ele. Ainda não acreditava no que estava acontecendo. Seu pai havia lhe advertido, mais de uma vez nos últimos dias, mas achava que era a imaginação de um velho cheio de ilusões. Nunca se quer pensou que aquilo fosse acontecer algum dia.


 - O duque de Melborny chegará em breve. Você será uma linda duquesa – Dizia em seus devaneios.

Quando ainda era um bebê, sua mãe e a prima dela selaram um pacto. Eram tão amigas que comprometeram seus filhos em casamento. Ela era indefesa, sem condições de decidir sobre sua própria vida e não teve escolha naquele acordo. Nunca acreditou em casamentos arranjados e não queria aquilo para si. Agora, correndo pelo atalho enlameado e escorregadio, percebia o absurdo da situação. Ela era uma futura duquesa... Logo ela. Chegava ser irônico. Se o duque soubesse...

Lembrava-se de que era muito pequena e sua mãe já fazia planos para um lindo casamento com o duque de Melborny. Naquela época Cat achava tudo engraçado e brincava de duquesa, para agradar a mãe. Vivia em um mundo de fantasias e sonhos de sua falecida mãe. Agora, no entanto, aquilo parecia um verdadeiro absurdo. Ela não queria ser uma duquesa. Ela apenas queria seguir a vida que levava na propriedade de seu pai, localizada nas terras altas da Escócia. Apesar de seu pai ser um Lord, nobre escocês importante e prestigiado, sua vida era livre; quase selvagem, e não pretendia mudar aquilo por nada.

Cat possuía um espírito livre. Gostava de correr descalço pelo campo, nadar nua no rio, cavalgar, subir em árvores e brincar com os filhos dos aldeões. Por mais que sua mãe, quando ainda era viva, tentasse lhe incutir refinamento de uma dama, ela sempre fez o que quis. Seu temperamento forte e altivo não lhe permitia aceitar imposições. Quanto mais crescia e sentia-se dona de suas ações, mais era difícil de domar o seu gênio. Parecia um animal selvagem, relutando quando tentavam domá-la. O pai sabia disso e padeceu com ela durante sua adolescência. Já era uma mulher, dona de si, e aceitar imposições era quase inadmissível. Quando o fazia, era apenas para agradar o pai.

Depois da morte da mãe, o pai não teve mais pulso para tentar lhe ensinar boas maneiras. Ela fazia o que queria. Foi assim e todos conheciam o seu temperamento arredio. As coisas pioraram quando começou a flertar, escondido, com o cavalariço da propriedade. Aquilo era inaceitável e inapropriado para uma dama, mas Cat nunca fora uma dama e nunca teve a intenção de ser. Quase todos sabiam, mas fingiam desconhecer o caso.

Agora, de um momento para outro, seu pai lhe avisava que seu suposto noivo, duque de Melborny, estava chegando à propriedade. Ela não podia ceder àquela pressão. Tinha que fazer algo e por isso fugiu. Foi ao encontro do seu amor.

- A comitiva do duque já se encontra na aldeia. Recebemos uma missiva informando sua chegada. Prepare-se e tente não assustá-lo. A primeira impressão será importante... Isso é importante, Catherine. 

Ainda se lembrava das palavras do pai, alguns dias antes, dizendo-lhe “Seu noivo chegará em breve. Precisa se comportar como uma dama e mostrar que é merecedora de ser sua duquesa”. Naquela ocasião Cat teve vontade de rir. Seu pai estava caduco. Tinha certeza e não deu importância ao fato. Agora não. Era impossível rir, quando a comitiva do duque estava quase na propriedade. Ela apenas corria, desafiando o terreno lameado, as folhas e galhos das árvores na floresta e a escuridão, que era cada vez mais constante.

Cat estava imunda, no sentindo próprio da palavra, ao chegar à cabana de Wendell. Seu peito subia e descia, ofegante, cansado e buscando o alívio em seus braços. Ela não conseguia falar nada. Apenas tentava regular a respiração inconstante. A aflição que a consumia era enorme. Mas não tinha condições de falar. Apenas precisava se acalmar, antes de se abrir com seu amor e encontrar uma saída para o problema.

- O que aconteceu? – Wendell perguntava enquanto a abraçava com ternura. Ele era o ponto de equilíbrio em sua vida. Sentia-se mais calma e segura em seus braços. Ela tinha certeza de amá-lo, mas sabia que a união era impossível. O pai nunca lhe permitiria se casar com alguém de condição inferior. Ela esperava o momento certo, mas ele nunca chegava. O pai mostrava mais sinais sua caduquez e a deixava horrorizada com suas palavras. Muitas vezes chegou a pensar que só seria possível depois de sua morte... Quem sabe? O primo herdaria a propriedade e para ela lhe restaria apenas um dote irrisório. Não havia mais dinheiro. Estavam quase na falência e seria um milagre se não a prendessem pelas dividas do pai.

Cat chegou a ouvir, algumas vezes, os resmungos do pai sobre o casamento com o duque e a estabilidade financeira. Ela não queria estabilidade. Queria uma paixão ardente e desmedida. Sentia as entranhas queimando ao beijar Wendell e tinha certeza que aquilo seria suficiente. Queria os beijos a deixando louca, os abraços e senti-lo com toda profundidade. Era uma mulher ardente e desejosa, que só não havia perdido sua honra porque Wendell era muito digno. Ele espera pelo casamento. Ela, no entanto, com fogo a consumindo, queria a paixão mais avassaladora. O resto era resto.

- Melborny... A comitiva já está na aldeia. Chegará em breve à propriedade. Meu pai tem esperanças no nosso casamento. Acha que poderá pagar as dividas e que ficarei bem após sua morte. – Os olhos encheram de lágrimas, mas Cat não chorou. Era muito arrogante e altiva para admitir sua fraqueza e chorar, mesmo na frente de Wendell. Nem na morte da mãe ela se permitiu chorar. Aquilo não aconteceria... Nunca.

- Acho que é o melhor... – Ele começou a falar, enquanto a abraçava. Mas ela o interrompeu aos gritos.

- MELHOR! COMO OUSA?

- Calma, meu amor... – Ele disse de forma suave, tentando conter a fúria da mulher que amava. Afagava suas costas com carinho, tentando controlar o seu gênio indomável. Aquilo ás vezes funcionava.

- Eu me casarei em breve, com um homem que não amo. Como isso pode me deixar calma? Temos que fugir. Precisamos de um bom plano para fugir. – Respondeu ela, tentando controlar o tom de voz, que já ameaçava aumentar novamente, com sua perda de controle.

- Eu tenho pouco dinheiro e não recebi ainda o pagamento desse mês. Vamos esperar mais uns dias e você será minha. Para isso precisa fingir e tentar fazer com que todos acreditem que aceita o casamento. – Ele a observou de forma cautelosa. Conhecia bem o seu gênio, e fingimento, não era uma das suas qualidades. Ela falava o que queria, quando queria. Sempre foi assim.

- E como acha que posso fazer isso? Não suportarei homem algum me dando ordens e me impondo o que não quero. Só de pensar em tolerar um duque enfadonho, já me deixa com náuseas. – O corpo de Cat ardia e ela tentava se conter nos braços dele.

- Mas precisa tentar... – Wendell lhe beijou a testa. Cat se sentiu mais segura e repousou a cabeça em seu ombro. Precisava sentir aquela paz, para encontrar forças em seu interior e suportar a presença do duque, e as imposições do pai. – Precisa voltar à propriedade. Todos esperam que receba o seu “noivo”. E não está propriamente vestida para as apresentações. - Ele disse com lindo sorriso. Era espirituoso e ela gostava disso. Fazia-se sentir a vida mais tranquila ao seu lado. Era disso que precisava para aquietar o espírito selvagem que gritava dentro de si.

Cat ficou um tempo com Wendell, tentando acalmar os seus nervos aflorados. Sabia, no entanto que ele tinha razão. Precisava voltar e fingir... Logo ela que era tão transparente e fazia questão de mostrar o que pensava. Ela tinha a consciência de que ele estava certo. Se quisesse fugir daquela loucura de casamento, precisava manter a cabeça no lugar e não deixar seu pai descobrir os seus planos. Os empregados, certamente, perceberiam o fingimento. Mas ela faria esse esforço.

Duquesa... Como alguém poderia se quer pensar nela como uma duquesa. Aquilo só poderia ser uma piada de mau gosto. Cat refletia sobre as possíveis responsabilidades do casamento com um nobre da alta sociedade inglesa. Sua mãe contou muitas histórias sobre a corte, os bailes, as mães casamenteiras e os lords. Ela não se enquadrava em nada daquilo. Não gostava de usar vestidos de festas e toda aquela roupa intima que aumentava o volume e sufocava. Espartilho então... Aquilo parecia uma tortura.

Cat correu para casa, no caminho íngreme, enlameado e escorregadio. Ela conhecia bem o atalho para casa, mas a escuridão não ajudava muito. Caiu algumas vezes, ficando ainda mais suja, rasgada e com a aparência desprezível. Seu pai a censuária certamente se a visse daquele jeito. Mas ela pretendia entrar escondido e se trocar antes que lhe viesse com reprimendas.

Quando chegou a propriedade, estava um alvoroço. Cat viu a carruagem, os cavalos e as carroças. Tentou passar despercebida, para não chamar a atenção. Deu a volta, para entrar pela porta dos empregados, mas no meio do caminho algo aconteceu. Ela esbarrou com um homem.

Sua massa bruta era enorme. Quando ergueu o rosto e observou o seu rosto, mesmo com a pouca iluminação e as sombras bruxuleantes das tochas, percebeu que era o homem mais bonito que já havia visto. Ela chegou a ficar sem ar naquele momento, mas se recompôs.

- A senhorita está bem? – Disse, segurando-a pelos ombros. Ela o olhou intrigada e tentou se desvencilhar. Provavelmente era da comitiva do duque e poderia lhe reconhecer depois.

- Est-ouu... – Gaguejou. Cat estava se sentindo estranha e insegura. Nunca se sentiu vulnerável em sua vida. Mas aquele homem enorme, com um charme tão sensual a hipnotizava. Nem Wendell mexia com seus nervos daquele jeito. – Preciso ir. – Ela correu para fugir da tentação. A situação já era ruim demais. Não precisava de complicações adicionais em sua vida. Ficar atraída por um desconhecido, mesmo sendo lindo, não estava nos seus planos. A forma como ele a olhou fez seu corpo arder... Mas era só atração. Amava Wendell, não amava?

Enquanto corria para a entrada dos serviçais, começou a traçar um plano para ficar bem longe do duque. Uma repentina doença cairia bem naquele momento. Cat sorriu ao pensar em sua astúcia. Seu pai teria uma bela surpresa.







Nota Glau

Amiguxas de mi core! Como vcs estão? Não me atirem pedras. Quem me acompanha no face sabe como minha vida tá louca.  Peço milhões de desculpas pelo atraso na postagem. Ando com dificuldade para escrever e preciso do apoio de vcs agora. To prestes a surtar.

Bem, a fanfic é histórica. Cat é filha de um lord escocês com uma inglesa. Ela é prometida de um duque, mas acha que ama um plebeu. Só que esse duque conquistaria o coração e Cat ficará entre a cruz e a espada, literalmente kkk
Wendell não desistirá do seu amor e o duque vai achar que ela o traiu. Mas até isso acontecer, ela estará perdidamente apaixonada por ele e vai correr atrás do prejuizao. Não quero falar muito, para não soltar spoiler. Só posso dizer que e duque e fodão! Cat vai ficar doidinha com ele na cama. Aff chega dar calor.
Então aguardem! Esperem com paciência e a coisa vai sair.

Quem acertar a personagem que aparecem no final do livro ganha um doce. Kkkk

Dea, vc precisa me add no facebook. Fica mais fácil falar. To sem tempo de acessar o blog. Obrigada pelos comentários nas outras fanfics.

Bjs no coração de todas!!

AMO OCÊS! Kkk Isso já sabem, né?

Tata, obrigada por betar o cap.Saudade de ti!!

Peço que divulguem Para Sempre! Falem para os amigos e parente sobre o livro.

Essa é a terceira Song Fic que faço e é baseada na música. Abrazame Muy Fuerte



Nosso duque gostosão!


bjs no core

5 comentários:

Tatá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tatá disse...

Glaaaaaau, to aquiiiiiiiii....
Que saudade desse mundinho de fics amiga... Tu não tem noção do quanto isso tudo me faz falta...
Mas eu vou voltar... Eu juroooo que vou dar um jeito de voltar...
E Glaaaau... Que duque é esse amigaaaaaaa...
Aaaaaffff, o Deus grego do irmão mais velho dos Salvatoreeee.... Amoooooooooooooooooo....
Ele vai ficar perfeito como duqueee gostosããããoooo....
To suando aquiii já, só imaginando as cenas calientes dele comig... Opa, quer dizer com a Cat.... hahahahaha...

Flooor...
Não preciso nem dize né...
Vo acompanha essa fic que promete....
Amei mesmo...
Minha presença é certa aqui no seu blog apartir de hoje...
E sempre que precisar de uma ajudinha, me deixa uma MP ou dá um grito que eu do um jeito de aparece tá?!
Ó eu com os meus livros gigantescos já... hahaha
Mas tenho certeza que você tava com saudade disso né amiga?1...
hahahaha

Bjããããoooo floooor...
E mais uma vez, arrasooooou na escolha do duqueee... hahaha

Jana Godoy disse...

Ai ai que Duque pela pequena discrição dele deve ser um verdadeiro DEUS Grego mesmo...rsrsr
Adora istórias de época ainda mais escrita tão perfeita que nem sua descrições e o cenario.
Toda vez que leio seus capitulos fico ansiosa a espera do outro..rsrsrs de tão viciante que é.
Adorei o capitulo ainda mais com uma pequena discrição do encontro dos dois, mas eu tenho paciencia e esperarei o próximo com muito gosto.
Bjus!!!
Jana Godoy

Daniela RC disse...

OMG OMG OMG GLAU QUE É ISTO????
MINHA NOSSA ELA É UMA COMPLETA SELVAGEM...PARA AQUELE TEMPO É HORRIVEL =(
QUE SAUDADES QUE TINHA DAS SUAS HISTÓRIAS!!
É UM ORGULHO PODER LER UMA HISTÓRIA TÃO BEM ESCRITA, BEM ELABORADA E PERFEITA QUE SEM DÚVIDA SERÁ LINDA COMO TODAS AS OUTRAS !!
AI MINHA NOSSA SENHORA EU JÁ ME APAIXONEI PELO DUQUE xD .. ainda por cima mete o Ian para nos basear-mos.....após o Tay o Ian vem a seguir na minha lista de homens perfeitos....ai já estou a imaginar xD
Vai ser perfeito =D

Glau só tenho uma coisa a apontar: não gostei que tivesse posto a Krinten como Cat.....não me inspira em nada....mas pronto voçe é que decidiu ..eu penso noutra pessoa qualquer não á problema xD, agora o Ian já acho que foi uma escolha perfeita *.*

Beijos e fico super ansiosa pelo próximo!!!

Daniela Cristóvão

Deia disse...

Ola, babei no final do cpaitulo pelo duque, que é isso?
Se fosse ele até aceitava ser mordida kkkk.
Adorei o capitulo, esse encontro já disse o que vai ser essa fic, to anciosa por mais.
Beijos

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