domingo, 8 de abril de 2012

Medo de amar9


Medo de Amar 9

Aquela noite Nessie estava realmente linda. Brilhava como esmeralda em um vestido amarelo claro de seda, deixando a prima Catarina irritada com seu esplendor. Colchester dera ordem a criada para fazer um ótimo trabalho. Era a sua apresentação a sociedade  e ele queria se certificar que a aprovassem. Em poucos dias ele anunciaria o noivado e pretendia que achassem que já havia uma ligação entre os dois.



Nessie estava arrasada e mesmo a contra gosto teve ir ao baile. Ela foi na carruagem junto as primas e a tia. Colchester foi em uma de aluguel e as encontrou na entrada da mansão de Lordy Stenford, conde de Leeds. Quando as encontrou, fez questão de dar o braço a Nessie.  – Sorria e finja está maravilhada com tudo, minha querida. Hoje é a sua apresentação. Não estrague tudo com seu mau humor ou se verá comigo. – Ele ameaçou, mas ela não se deu ao trabalho de responder. Continuou com a cara fechada, apesar da belíssima mansão que acabara de entrar.

Tudo era lindo e esplendoroso. Nessie olhava para todos os lugares, para as pessoas e de certa forma havia um brilho de entusiasmo em seus olhos. Tudo era novidade para ela. Nunca esteve tão perto dos nobres como naquele lugar. Mas ao mesmo tempo que se sentia excitada, com aquele mundo de glamour, seu coração estava apertado demais pela possibilidade de encontrar o duque. Sabia que uma hora ou outro os dois se esbarrariam. Como ela olharia para ele? Como depois das mentiras que Edward lhe contara?  Seus olhos se encheram de lágrimas  e ela se forçou a não chorar.


Quando  se misturaram aos outros nobres, Edward e a tia fizeram questão de apresentar a Lady Renesmee Wood, filha do marquês de Colchester, para as pessoas importantes. Era necessário que vissem como era linda a filha de Charles e deixassem a impressão de um casal feliz. Por mais que ela tentasse fingir felicidade, era impossível. Não conseguia sorrir e nem aparentar entusiasmo nos braços de Edward. Às vezes tinha a impressão que iria sufocar. Queria gritar! Correr! Fugir dos olhares especulativos na alta sociedade londrina. Era demais para ela.

Depois de ser arrastada por Edward e apresentada a diversas pessoas, que nem conseguia se lembrar de nomes e títulos, ele a levou para a pista de dança e a obrigou a dançar.

- Você precisa agir como se estivesse feliz, minha querida. Não quer ser castigada, quer? – Edward ameaçou enquanto a puxava para os seus braços. Ela desviou os olhos dos dele e encarou outro ponto qualquer da sala. Imediatamente viu o duque e seu coração começou a bater acelerado. – Será que terei que tomar atitudes drásticas com você, Renesmee? Por que sempre se comporta mal? Acha que alguém vai salvá-la dos castigos? Acha que alguém se importa com você? Acha que o duque se importa com você? Eu já lhe disse que ele ficou muito decepcionado quando soube da sua desgraça, não disse? Achou que viraria duquesa? Não! – Ela tentou se soltar, mas ele a puxou ainda mais. Uma lágrima rolou pelo seu rosto e ele discretamente a limpou.  – Não! Ele nunca se casaria com uma... Uma perdida.

- Deixe-me em paz! – Ela respondeu, soltando-se dele e saiu daqui, misturada a multidão. Queria ficar só! Não suportava a presença de Edward. De repente foi interpelada pela tia, que a pegou pelo braço.

- Menina insolente! Como ousa a tratar meu filho desse jeito? Vamos sair disfarçadamente e você ficará o resto da festa, sentada ao meu lado. – Nessie não respondeu e acompanhou a tia. Estava se segurando para não chorar diante daquelas pessoas, provocando uma cena que seria muito comentada depois.

[...]

Jacob estava com um humor terrível. Desde que saiu da casa dos Colchester sentia-se destruído. Por mais que não quisesse acreditar na história do marquês, tudo parecia verdadeiro. Mesmo assim ele precisava saber da verdade. Precisava ouvir a verdade da boca dela. Não se daria por vencido enquanto ela não dissesse tudo olhando em seus olhos.
Já havia bebido um copo de conhaque e estava fazendo o possível para continuar sóbrio.
Depois de evitar a companhia dos amigos, andou por algum tempo pelo salão, conversou com algumas pessoas importantes e por fim se dirigiu ao local onde Lady Renesmee estava com a tia. Sua expressão era desanimada e abatida. Algo havia se passado. Ele viu quando Colchester enxugou lágrimas de seu rosto. Tinha que tirar tudo a limpo aquela noite e depois poderia prosseguir com sua vida.

- Boa noite, Lady Renesmee. Senhora Wood! – Disse para as duas. A tia que conversava com Lady Tempton, olhou para ele com expressão surpresa. Certamente não esperava que ele se aproximasse da jovem, depois de saber que estava praticamente noiva de seu filho.

- Vossa Graça! – Ambas disseram juntas, enquanto se levantaram. Nessie fez uma mesura perfeita e lhe deu a mão gentilmente. A tia estava com expressão rígida e desgostosa no rosto. Mas não lhe faria nenhuma grosseira, ele sabia disso.

- Gostaria de saber se ainda tem dança disponível em seu cartão, Lady  Wood? – Disse para a jovem. A tia lhe enviou um olhar gélido, mas ela respondeu com confiança. Parecia disposta a dançar com ele. A forma como seus olhos brilhavam, pareciam pedir socorro naquele momento.

- Não seria prudente...

- Voltarei logo, titia! – Nessie disse confiante e antes que a tia pudesse protestar, já estava nos braços dele. Os dois caminharam em silêncio pelo salão, até chegar a pista de dança. Como era uma valsa, eles poderiam dançar juntos e conversar a vontade. Ela sabia, que em algum lugar, Edward estava observando. Mesmo assim não demonstrou medo. O que ele via era aflição em seus olhos.

- Por favor, Vossa Graça, preciso que acredite em mim. Nada do que meu primo lhe disse é verdade. – Ela disse praticamente sussurrando, olhando dentro dos olhos. Estava muito aflita, pode notar.

- E no que devo acreditar, Milady? Qual a versão verdadeira da história? Mentiu para mim? Já estava noiva de outro e não me falou nada? Diga, querida! Estou cansado de ser feito de tolo. – Disse em tom ríspido para ela.

- Só soube dos planos de Edward depois que você foi embora. Ele fez questão de me atormentar e me contar todas as mentiras que lhe disse. Rogo-lhe que acredite em minha palavra, Excelência! Nunca menti para ti! – Ela implorou, quase chorando.

- Quero saber de toda a verdade! Hoje! – Os dois rodopiaram pelo salão e ele percebeu que de longe, enquanto conversava, Colchester os observava. Sua expressão não era nada boa. Mas ele não sairia daquela festa sem saber toda a verdade sobre a família. Era uma questão de honra. Mesmo que a jovem estivesse distante dele naquele momento e que não fosse possível um matrimônio para os dois, queria saber de todos os detalhes daquela trama. Alguém estava mentindo e ele odiava que lhe fizessem de bobo.

- Não sei onde posso lhe falar, Milord! – Ela abaixou a cabeça e depois virou o rosto para olhar para outros casais – Não é o tipo de coisa que possa falar aqui, no meio de uma dança.

- Saindo por aquela porta – Ele olhou para a porta e ela acompanhou o olhar discretamente. – Tem um longo corredor. Indo para a direita, ficam os toaletes e para o outro lado você seguirá em frente. Quando chegar no final dele, vire a direita e entre na primeira porta. É o escritório de Lord Stenford

- E se me pegarem? – Ela perguntou em tom aflito. Seu rosto era puro espanto.

- Lord Stenford está na mesa de jogo agora. Sua esposa, certamente, está em algum quarto com um amante. Ninguém vai para o escritório dele. Se alguém a pegar vagando pelo corredor, diga que procura o toalete.

- Do jeito que fala parece fácil... E se...

- Se nos pegarem, ficará comprometida com um duque. Seu primo não poderá fazer nada. Vou deixá-la com sua tia. Arrume uma desculpa para sair e me encontre lá. Se não fizer isso, terei que acreditar em tudo que Colchester me disse. – A música terminou e Jacob a conduziu até a sua tia. Depois se misturou com os outros convidados e partiu para o ponto de encontro.

[...]

- O que pensa que está fazendo? – Sua tia disse com rispidez assim que se sentou. Ela nem se deu ao trabalho de olhar seu rosto. Sabia que possuía uma máscara de fúria naquele momento.

- Não seria educado recusar o convite de um duque. O que as outras pessoas iriam pensar? – Limitou-se a isso e ficou pensando na conversa com o duque. Ele estava fazendo um péssimo juízo dela e aquilo lhe doía muito. A todo o momento foi frio e ríspido com ela. Coisa que nunca havia feito antes. Por mais que seu destino já estivesse traçado, não queria que ficasse com uma má impressão. Tinha que deixar claro a falta de escolha e que o primo havia mentido. Enquanto a tia saiu para ir procurar Catarina, que já estava na segunda dança com o filho mais novo de um conde, ao que tinha entendido, Nessie aproveitou para escapar. Ela sabia que dançar duas vezes com um mesmo homem comprometia uma jovem. Uma terceira dança era um claro sinal de comprometimento. A prima estava sendo imprudente e a tia estava prestes a ter um ataque. Não criara a filha cheia de mimos, para se casar com o segundo filho, sem direitos, sem herança e sem prestígio.


Primeiro ela olhou em volta, para ver se havia sinal de Edward. Como não o viu concluiu que estava na sala de jogos. Depois seguiu o caminho informado pelo duque, morrendo de medo de ser apanhada. O coração batia descompassadamente naquele momento. O corredor parecia não ter fim e ela queria correr, mas sabia que não era aceitável. Quando finalmente encontrou o local, chegou abriu a porta, entrou e depois a trancou, girando a chave para se certificar que ninguém entraria ali.

O duque estava sentado em uma das cadeiras, olhando para ela e por um longo instante não falou nada. O silêncio entre os dois era insuportável e a consumia. Quase não acreditava naquilo. Estava prestes a revelar o seu mais vergonhoso segredo para ele. Não sabia bem o motivo daquilo. Só sabia que gostar dele o suficiente para não permitir ter péssimas impressões do seu caráter.

[...]

Jacob já estava no escritório há algum tempo e tinha a certeza de que ela não vinha mais. Aquilo lhe doía, como faca cortando o próprio peito. Ela havia mentido desde o primeiro momento. Por mais difícil que fosse de acreditar, algo lhe dizia que estava mentindo.

A lembrança da conversa com Colchester, depois do passeio que tiveram, o estrangulava. Parecia viver um pesadelo. A verdade era insuportável. Já foi enganado uma vez e agora, essa jovem que parecia tão amedrontada, mentia-lhe, descaradamente, também. Iria desmascará-la.

- Minha prima e eu estamos noivos há cinco anos. – Disse Colchester, enquanto tomavam Xerex em seu escritório. Ele sentiu uma opressão tão grande, que achou que não seria possível respirar, mas manteve a sua compostura.

- Ela tinha quinze anos quando se envolveu com um aldeão, que trabalhava na propriedade do pai. Ele a desonrou e quando meu tio descobriu, pediu que eu me casasse com ela para evitar o escândalo. Naquela tarde, Renesmee tentou fugiu com o rapaz e meu tio os perseguiu. Foi por isso que caiu do cavalo e morreu. Como eu havia prometido ao meu tio, e por mais que me custasse a ficar com uma fruta podre, confirmei para ela que nos casaríamos quando ela me aceitasse. Foi por isso que veio para a cidade morar com minha mãe. Mas sempre foi rebelde e tentou fugir diversas vezes. Tivemos que trancá-la e colocá-la sob vigilância. Como pode ver, não funcionou. Se não a houvesse encontrado, nem o ultimo pedido do pai seria atendido. Ela teria ido se encontrar com aquele... Você entende pelo que passamos? Por mais que queria um bom casamento para ela, não podemos correr o risco de um escândalo. Por isso rogo-lhe que não venha mais vê-la. O nosso casamento ocorrerá em um mês e ela está ciente disso. Se não lhe contou é por ser leviana demais e está brincando com seus sentimentos para ajudá-la a fugir.

- O que tem a me dizer, Lady Wood? Que mentiras vai me contar agora? – Jacob caminhou até ela, segurou-a pelos ombros, e exigiu uma explicação. Não poderia continuar mais no meio daquela teia de mentiras. Precisava ouvir a verdade de seus lábios, para depois virar àquela página e seguir a diante. – Exijo uma explicação, Milady! – Ele vociferou.

- Por favor, Vossa Graça... – Os olhos dela encheram de água e o olhava como um animal assustado. Mas ele não se deixaria enganar mais uma vez.

- Diga! – Exigiu.

- Solte-me por favor. – Ela pediu, sussurrando e ele a soltou. A jovem caminhou até a cadeira e se sentou. Pousou as mãos no colo e começou a falar.

- Eu era feliz. Muito feliz! Mas perdi minha mãe e meu irmão muito cedo. Assim só sobramos meu pai e eu. Tinha esperanças de um dia ele se casar novamente. Isso não aconteceu. Um dia, meu pai saiu para cavalgar. Parecia muito aflito e nem me deu atenção. – Os olhos dela estavam cheios de lágrimas naquele momento. O coração dele começou a doer ao ver a aflição da jovem. Mas manteve a máscara de indiferença e continuou a ouvir a história. – O tempo foi passando e meu pai não voltou. À noite, quando estava me arrumando, a minha criada entrou com a governanta e me deram a notícia. Meu pai havia caído do cavalo e morrido. – Nessie soluçava ao falar do pai. Ele quis abraçá-la, mas não o fez. Precisava ouvir sua versão e decidir em qual dela acreditar. -  No dia seguinte meu pai foi velado e enterrado. Fiquei muito mal e não sai da cama nas horas que se passaram. Pensei que esperariam um pouco, mas logo Edward apareceu e exigiu que fosse lido o testamento. Ele queria tomar posse do que considerava seu.

- Milady está me enrolando. – Ele disse para ela. Não havia nada demais na história. Era a mesma de sempre. O Homem morria sem deixar herdeiro “homem” e tudo era entregue ao parente do sexo masculino mais próximo. Não entendia onde tudo aquilo levava a situação em que estavam.

- Deixe-me terminar, por favor! – Ela pediu – È muito vergonhoso falar sobre esse tipo de coisa. – Ele assentiu e esperou que voltasse ao relato. Ficaram em silêncio por algum tempo, quando ela recomeçou. – O testamento começou a ser lido. Só me lembro dele dizendo que a casa e as jóias da minha mãe ficariam comigo. Acabei desmaiando. Não estava prestando muita atenção e me sentia mal. Quando acordei, estava em meu quarto, atordoada, cansada e sofrendo. Eu me lembrava dos meus pais e do meu irmão. Sabia que não tinha mais ninguém no mundo. A porta do quarto se abriu e Edward entrou. – Ela começou a soluçar ainda mais forte e Jacob sentiu o sangue subindo até a cabeça. Tentou se manter controlado, enquanto ela relatava. – Ele... Ele... Rasgou minha camisola, ele... Oh Deus! Não consigo falar sobre isso. – Ela soluçava e Jacob finalmente a abraçou. Precisava cuidar dela naquele momento. – Quando terminou me ameaçou. Disse que era dele para fazer o que quisesse e ninguém me salvaria. Na noite seguinte voltou e me machucou ainda mais. Eu só implorava a Deus para que tudo acabasse ou eu morresse.

- Eu vou matá-lo! Vou matá-lo! Juro que vou! – Jacob sentiu um ódio tão profundo, cerrando os punhos, que teve vontade de correr e estrangular o marques. Quando se levantou, ela se ajoelhou diante de si e o implorou, segurando em sua perna.

- Por favor! Se milord fizer algo, todos saberão da minha desgraça! Por favor! – A jovem estava aos seus pés, soluçando, humilhada e implorando a ele que se calasse. Ele se abaixou, tomou-a nos abraços e carregou até o sofá.

- Ele tem que pagar! – Ele disse sentindo o ódio consumindo cada músculo de seu corpo. Nunca teve tanta vontade de matar, nem mesmo quando pegou o pai com a mulher que amava. Ali, estava aquela criatura tão meiga, arrasada e implorando o seu silêncio.

- Ele e a mãe me atormentam todos os dias. Desde que aconteceu ela me culpa pelo o que ele fez. Faço vinte um anos  em dois meses e poderei ser dona do meu nariz. Só preciso fugir antes dele me arrastar para uma igreja e me obrigar a pronunciar os votos. Rogo-lhe que me ajude a fugir. Por favor, Jacob! Se sentes mesmo algo por mim, ajude-me a fugir de Edward. Eu não posso te prometer o meu coração, porque já não tenho mais um. Ele arrancou ele do meu peito na noite em que me violou. Mas peço que me ajude a escapar desse casamento. Tenho certeza que vai me matar assim que conseguir o que quer. Tenho certeza que meu pai deixou para mim muito mais do que ele alega. Ajude-me, Jacob! Por favor! – Ela chorava tanto, que isso só piorava a situação e o seu ódio pelo primo dela.

 - Tudo bem! Eu a ajudarei a fugir, mas Colchester pagará muito caro pelo que lhe fez. Vou arruiná-lo financeiramente, socialmente e depois que estiver na lama, vou matá-lo. Isso eu juro, minha doce Nessie. – Ele beijou a testa dela, que o abraçou forte e ela se entregou completamente aquele abraço.

- Eu tenho que ir! Minha tia deve estar a minha procura. – Ela disse tentando se desvencilhar dele, mas ele não a soltou.

- Tem permissão para sair de casa? – Ele perguntou e ela negou com a cabeça. – Era o que pensava.

- Fico trancada no sótão, a pão e água, como disse. Só vejo a serviçal e minha prima.

- Veja bem, daqui a três noites haverá um grande baile de máscaras na casa do meu amigo Derick. Mande a criada informar ao meu cocheiro como estará vestida e se possível desenhar a máscara que usará. Nessa noite, eu a esconderei na mansão e depois você será levada para uma de minhas propriedades. Deixarei tudo pronto para sua chegada. Depois tomarei minhas providências para que Colchester esteja arruinado. – Ele a orientou com toda convicção. O plano estava formado. Contrataria uma jovem ruiva para se passar por Nessie, enquanto ele a raptava e escondia bem longe de Londres. Aquela era apenas o começo da ruína do marques. Se ele estava com tanta pressa de se casar, porque a jovem realmente tinha algum dinheiro, que ele não tivera acesso naqueles anos. Não poderia esperar mais. Tinha que agir, antes que fosse tarde demais.

- Obrigada, Vossa Graça! Obrigada, Jacob! – Ela estava tão feliz pela decisão dele, que o abraçou e ele aproveitou o momento para beijar-lhe os lábios. Foi um beijou rápido e muito terno. – Prometa-me que vai se segurar quando encontrar com Edward. Ele não pode perceber que sabe a verdade. Tem que fingir acreditar nele. Se desconfiar de nós... È capaz de me arrastar para a primeira igreja e me obrigar a casar.

- Não sei se será possível. Gostaria de matá-lo hoje mesmo, com minhas próprias mãos. – Todas as vezes em que o rosto do marquês lhe vinha a mente, Jacob sentia-se a beira da loucura. Queria estrangular o homem. Até que a raiva passasse, se é que isso um dia aconteceria, teria que ficar longe dele.

- Eu tenho que ir, meu querido! Minha tia deve ter sentido minha falta. Por favor, não faça nada imprudente. Se desafiar Edward, minha honra ficará manchada para sempre. – Ela tinha razão. Se a história viesse a tona, todos a julgariam mal e ficaria irremediavelmente arruinada. Nem um título de duquesa seria capaz de apagar a desonra. Precisava se controlar, mas como?

- Farei o possível para não matá-lo. Espero que ele não resolva atravessar o meu caminho essa noite. Não sei do que sou capaz de fazer com aquele crápula. – Nessie o abraçou novamente e ele não queria largá-la nunca mais. Queria levá-la para sua casa e protegê-la de tudo e de todos. Mas sabia que precisava voltar para a festa, antes que viessem procurá-la.

Os dois se beijaram mais uma, duas, três vezes até que sua Nessie foi embora. Jacob estava tão furioso, que atirou um jarro de porcelana contra a parede. Se encontrasse Colchester aquela noite, nada o impediria de fazer justiça. Precisava sair daquela festa e beber. Precisava afogar as mágoas, para depois pensar em como se vingar daquele crápula. Ele sofreria desonra, ruína financeira e dor... Muito dor! Ele tomaria todas as providências para isso.

Depois de ficar um tempo, tentando se acalmar, Jacob saiu do escritório cuspindo fogo. Quem cruzasse o seu caminho aquela noite, corria um risco muito sério de sair queimado. Não estava com paciência nem mesmo para ouvir as lamúrias da mãe, que se queixava sempre da falta que uma esposa lhe fazia naqueles eventos. Na saída, encontrou com Alex e antes que começasse as brincadeiras sobre a “bela adormecida”, foi advertido do seu péssimo humor. Dali ele partiu para o White’s. Precisava beber para tentar acalmar a sua raiva e frustração.

[...]

Nessie saiu do escritório sorrateiramente e caminhou o mais rápido possível. Quando chegou ao salão, percebeu que a tia a procurava. Estava com o coração acelerada, pela adrenalina que corria em seu corpo, e medo de ser apanhada com o duque no escritório. Mesmo assim se sentia mais forte e corajosa. Sabia que precisava disfarçar. Se a tia desconfiasse de algo, ela não a levaria para o tal baile de máscaras. Era importante ser boazinha e fingir concordar com eles. Tudo se resolveria em três dias. Mal podia esperar por eles.

Dirigiu-se para a tia, com o coração na mão, e tentou fazer uma expressão despreocupada enquanto dela falava.

- Onde estava, Renesmee? – A tia disse entre dentes, tentando controlar o tom da voz diante de outras pessoas.

- Estava procurando o toalete e me perdi. Depois que achei, voltei e me misturei as outras pessoas. – Respondeu naturalmente.

- Não queira dá uma de espertinha, garota! Agora fique ao meu lado e não saia da minha vista. – Renesmee assentiu e tentou colocar a mesma expressão indiferente na face. Vários jovens se apresentaram, pedindo para dançar, mas ela gentilmente recusou todas as ofertas e continuou ao lado da tia, observando as pessoas bailando, fuxicando e flertando por todo o salão. Fez uma rápida vistoria e não encontrou o duque. De certa forma sentia-se aliviada. Se ele encontrasse Edward, seria uma tragédia e estaria arruinada.

A tia estava furiosa, porque Catarina dançava e flertava abertamente com todos os homens da festa, mesmo os casados. Ela tinha o pressentimento que em breve a família estaria na página do jornal de fofoca de Londres e a tia soltaria fogo ao ler sobre a filha desfrutável. Mas aquilo não a preocupava. Pelo contrário! Enquanto estivessem preocupados com a honra de Catariana, ela teria tempo para se preparar para a fuga. Mal podia esperar por isso.

Seus pensamentos alternavam entre a excitação pela fuga e as lembranças do duque. Não conseguia se esquecer dos beijos do duque. Desde a primeira vez, ele a deixou completamente confusa com aqueles beijos. Agora tinha medos dos sentimentos. Sabia que nada poderia ocorrer entre eles. Não poderia entregar um coração que já não existia. Como lidar com ele e a situação tão complicada?


Medo de Amar8
Medo de Amar10

Nota Glau
Meninas, estou fazendo uma série de mudanças. Se vcs notaram todas as fanfics foram excluídas do Nyha, o endereço do Twitter foi alterado e os nomes no face e no Orkut. Não quero entrar muito em detalhes, mas estou virando uma página na minha vida. As coisas estão um pouco confusas agora e nem sei se continuarei a escrever. De momento manterei o blog aberto com as fanfic já postadas.

Fiz uma série de mudanças e alguns links estão dando problema. Caso vejam erro de pagina ou formatação, peço que me avisem, por favor.

Gostaria que compreendessem as coisas, mas agora está complicado para explicar.

Bem, espero que gostem do cap. Não iria postar hoje, mas não terei tempo amanhã. Para quem não sabem, hoje é meu último dia de férias e a semana será corrida.

Qualquer dica, erro ou dúvida entre na página de contato e me envie email.

AMO VCS!!

Bjs no core



N/Heri: Estou sem fôlego depois desse capitulo. Imagine a vergonha de contar a própria desgraça. Ah, mas não vejo a hora do Duque começar a fazer o Edward pagar por tudo que fez a ela....SE CONHEÇO A AUTORA... Ainda teremos muitos dramas aqui... FOGI LOGO NESSIE.
ADORANDO ESSE CONTO EPICO....BJS meninas comentem e divulguem.



8 comentários:

Michelle Black's disse...

Eu amei o capitulo, e agora mais ansiosa ainda, pelo baile de máscaras...ai seá que vai dar tudo certo? Bjus!

KaahCullen_ disse...

amei o cap, espero que tudo de certo na fic, na vida da Ness
e nas suas postagens =D

Katherine Black disse...

Adoreiiiii o cap.....
Tomara que o plano do Jacob dê certo......
Bjssss

Daniela RC disse...

Glaucia ai que bom que voltou a colocar o meu e-mail aqui =D
Estava a entrar em parafuso só de pensar que não poderia ler este capitulo =D
Mas pronto tudo se resolveu e aqui estou eu de novo!!

Primeiro: em relação ao "novo" blog.
Acho que está muito giro e engraçado e tudo a haver consigo, nao a conheço pessoalmente, mas pelo que escreve e fala connosco assim é a sua cara xD
Amo a imagem de cabeçalho e as cores!!!

Agora em relaçao ao capitulo:
Tanta coisa Glaucia......o jake a nessie abuzaram um pouco da sorte em se encontrarem os dois, mas foi o melhor para todos....QUE BOM QUE O JAKE JÁ SABE A VERDADE TODA!!!!
=D

E essa proposta do baile.....ai que ansiedade para o baile..
Será que vai dar tudo certo????
Será que o Jacob vai conseguir levar os planos para a frente??
Estou mesmo ansiosa por mais, eu sei que digo isto sempre, mas vosse é simplesmente espectacular =D E escreve como ninguém, as suas histórias são lndas e um mar de rosas para mi =D

Fico a roer as unhas por mais!!

P.S.: Glaucia querida, eu sei que por aqui não é o lugar mais correrecto para falar, mas vou deixar á mesma as minha palvras apenas para veçe saber que estou consigo. Não sei o que se passa, mas espero que nao seja nada de grave...está novamente a pensar deixar de escrever? Claro que a vida é feita de prioridades e muitas vezes é dificil querer levar para a frente os nossos projectos e gostos, eu compreendo perfeitamente, por isso digo se precisar de alguma coisa pode contar comigo, mesmo eu estando no outro lado do oceano, irei fazer tudo o que estiver ao meu alcançe para a tentar ajudar o melhor possivel!!!
Ás vezes mudanças rasticas é bom para nos sentirmos renovadas e com um ar fresco, mas depende do otivo disso e eu já disse várias vezes isto (na altura do nyah), mas vou repetir: primeiro que nada esta a vida familiar e principalmente a saude, depois é que está este mundinho de histórinhas que tanto gostamos, mas primeiro está a vida privada, por tanto se precisar de tempo para si mesmo não exite, daqui a uns tempo todos os seus fans estaram aqui de novo á sua espera, tenho a certeza querida!!!

Beijos grandes!!!!

Sara disse...

Primeiro queria dizer que adorei o novo visual do blog e que acho que mudar, independentemente das circunstancias, é sempre uma coisa boa.

Em relação ao capitulo:está lindo, perfeito. já era mais que tempo dela contar todo a verdade ao Jacob, e o encontro as escondidas so veio dar mais emoção a situação.

Ansiosa pelo baile de máscaras!!!

Bjs

hilsiane disse...

amei o visual do blog tá lindo .amei o cap tá lindo adorei,to louca para a nessie comerce a namora logo com o meu jake eu amo esse casal.bj ps;amo tuas fic ,glaucia desejo tudo de bom p/vc e espero que de tudo certo com o teu livro ,olha vc é uma otima escritora não desiste nunca de escreve porque isso e um dom que poucos tem, mais vc tem.bj anne

hilsiane disse...

glaucia acabei de ler ocap e to super curiosa p/esse baile de máscaras ,tomara que de tudo certo e que a nessie consiga fugim daquele inferno ,e possa finalmente ser livre, e da uma chace para o jake amei o beijos deles ,tomara que o monstro do edward não faça nada de mal a ela por ela ter dançado com o jake, to aciosa para esse baile que promente.
glaucia eu sei que na vida a gente passa por momentos dificil ,as veses nos deseperamos achado que não vamos conseguiem passa por isso mais se enganamos porque somos mais forte do que pessamos,e é nessas hora que descobrimos que somos mais forte do que pessamos.bj e tdb p/vc.

Unknown disse...

Sem comentarios simplismente perfeito... tava quase chorando quando ñ consegui entra no blog :(
Amei tudo ficou maravilhoso o cap.. que venha o cap10 baile de mascaras fai ser melhor ainda. tomara qye de tudo certo....bjxxxx Glaucia

Postar um comentário